terça-feira, 11 de novembro de 2008

Crítica - The End of Legacy Media

Aparelhos de rádio, televisores e jornais viraram peças de museu. Todos se comunicam entre si e com o mundo por mecanismos móveis ligados à internet. No cenário previsto por Jakob Nielsen em agosto de 1998, a Internet se sobrepõe aos meios de comunicação tradicionais e impera no lares e empresas ao redor do planeta em um futuro próximo. Para ele, em dez anos estariam extintos os hábitos de sentar para assistir a novela das 8, ou pegar o jornal na porta de casa pela manhã. Chegamos em 2008, ano do trágico fim anunciado por Nielsen, e milhões de pessoas ainda usam veículos vindos do já distante século 20.
Previsões mirabolantes sobre o fim dos meios de comunicação não são novidade da era da Internet. Na década de 50, com a chegada da televisão, o fim do rádio era tido como certo. Os CD-roms eram o máximo da tecnologia e substituiriam com facilidade ferramentas de vídeo e áudio. Com a criação de dispotivos cada vez mais modernos, os veículos antigos foram obrigados a se adaptar. No entanto, me parece muito distante a idéia de um sumiço do rádio ou da TV, por exemplo.
A Internet ainda não enfrentou uma das suas principais barreiras: a dificuldade em alcançar todas as camadas sociais em todos os cantos do planeta. O preço do computador cai progressivamente, mas não chegou ao ponto de ser acessível como um rádio de pilhas. No dia em que qualquer um puder checar e-mails e ver o Jornal Nacional pelo monitor, aí sim poderemos prever um futuro totalmente ligado na world wide web.

“Mudança não é algo que a maioria das pessoas procura ou são particularmente boas em previsões. Mesmo para os inventores e inovadores que estimulam mudanças sociais e tecnológicas, visualizar o futuro apresenta um problema enigmático. Tirando a ansiedade geralmente causada por mudanças, os humanos parecem ter uma marcante propensão para assimilar rapidamente novas idéias, produtos e serviços quando eles são entendidos nas definições pessoais e culturais de realidade. Enquanto ninguém está completamente preparado para mudança ou capaz de prever os resultados, nós podemos começar a discernir prováveis formas do futuro aprendendo a reconhecer os padrões e mecanismos históricos de mudança” (Roger FIDLER, 1997).

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