terça-feira, 18 de novembro de 2008

Exercício - Editoria Cidades

Festas com som alto durante a madrugada tiram o sono de moradores do condomínio Jardins do Lago, no Setor Jardim Botânico. Casas de eventos a menos de 20 metros das residências incomodam a vizinhança, mas têm autorização da administração local para funcionar. A funcionária pública Iane Cláudia de Almeida, 37 anos, sofre com a rua lotada de carros e o barulho quando é dia de festa no salão Villa Patrícia, no lote ao lado de casa. “É impossível dormir por causa do barulho. Nos fins de semana, fico acordada até os convidados irem embora, o que nunca acontece antes das 3h”, reclama Iane.
O empreendimento é alugado para eventos há sete meses. No início, abria as portas sem alvará de funcionamento e chegou a ser interditado pela Agência de Fiscalização do Distrito Federal. No último dia 10, a Procuradoria do DF emitiu parecer contrário à concessão do documento. Mas quatro dias depois, a Administração Regional do Jardim Botânico emitiu autorização para o funcionamento do local. Para a concessão do alvará da Villa Patrícia, a casa de festas obteve a anuência de 83% dos vizinhos. Mas os moradores dos lotes limítrofes — justamente os mais incomodados — não foram ouvidos.
Nos últimos dois anos, moradores do Jardins do Lago registraram 11 ocorrências policiais para reclamar do barulho na Villa Patrícia. A primeira foi registrada na 30ª DP no dia 15 de dezembro de 2006. A última foi no dia 9 de outubro deste ano. Em junho, a 30ª delegacia lavrou um termo circunstanciado em desfavor da casa de festas, enquadrando o caso no artigo 42 do Decreto Lei nº 3.688/41, que trata da perturbação do trabalho e sossego alheios.

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